sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Nova pesquisa relacionada ao Escurecimento


    Um dos fatores que apontam o fenômeno escurecimento global é a sua relação com a variação da taxa de evaporação. 
     Considerando como ocorre a evaporação diária foi elaborado um projeto para investigar essa variação da taxa de evaporação.  
     Em co-autoria com o professor Michel N. Muza realizamos um estudo preliminar, no qual, utilizando dados da Estação Convencional do Instituto Federal de Santa Catarina do período de 2004 aos dias atuais, foram feitas análises da evaporação do Tanque Classe A para para entender os efeitos do Escurecimento.
   Em comparação com outras variáveis (como vento, insolação, precipitação) os resultados encontrados na relação entre estes ainda são insuficientes para indicar com precisão a influência do fenômeno estudado.
   Nosso artigo - Variabilidade da taxa de evaporação relacionada ao escurecimento global - foi apresentado no XVII CBMet, em Gramado e sua versão em pdf pode ser encontrada aqui por quem se interesse em lê-lo.
  Realizada esta nova etapa, pretendemos continuar nossa caminhada para conhecer bem o fenômeno com novos estudos sobre este.


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Ciclo Solar

Uma das contra-teorias do Escurecimento global (ou clareamento global, dependendo do ponto de vista) defende que a menor incidência da radiação solar deve-se a variação da atividade solar.

O Sol apresenta variações de maior e menor intensidade em sua atividade. Seus ciclos duram, normalmente, cerca de 11 anos. O momento em que as atividades solares atingem seu pico é conhecido como máxima solar. Depois essas atividades decrescem e o Sol passa por um período de calmaria. No século 17 uma grande calmaria, que durou 70 anos, resultou em uma “mini era do gelo” (REBOUÇAS, 2009).

Estudar a superfície solar é uma forma de poder controlar o seu ciclo. Satélites e observatórios coletam constantemente dados a partir do Sol. As manchas solares, causadas por intensa atividade magnética, por meio de sua frequência e quantidade, agem como indicadores de período máximo ou mínimo solar. Essas manchas representam poderosas tempestades solares que, na direção da Terra, poderiam bombardear seu campo magnético, interrompendo redes de energia ou até expulsando satélites em órbita ao redor do planeta.

Atualmente, o Sol está caminhando para o máximo solar em 2013, porém, nos últimos anos, um longo período de atividade moderada intriga os especialistas, que procuram desenvolver melhores modelos de previsão do ciclo solar. Resultados dos últimos estudos sobre manchas solares mostram que no próximo ciclo a atividade pode ser reduzida significativamente (ROMANZOTI, 2011).

Martin Wild, em Zurique, comandou um grupo de investigação pelo Programa de Medidas da Radiação Atmosférica do Instituto Federal de Tecnologia Suíço, que revelou mediante diversos dados e imagens de satélites que, na última década, a luminosidade do planeta aumentou em 4% (ZANATTA, 2006), ou seja, que a refletividade da Terra, seu albedo (razão entre a radiação refletida pela recebida), está aumentando.

O balanço de radiação global terrestre, onde, segundo a professora Alice Marlene Grimm(2011) de toda radiação solar  recebida, 30% é refletida, 64% emitida pela atmosfera para o espaço em ondas longas, e 6% emitida também em ondas longas, transparentes à atmosfera, direto para o espaço, pode estar se alterando. Para manter o equilíbrio entre a radiação solar incidente e a retornada para o espaço, se há um aumento da radiação refletida, haverá também, uma diminuição da radiação emitida pela Terra.

Portanto, com os estudos de Wild, ainda que o Sol estivesse em um período de menor atividade, é possivel afirmar, que a diminuição da radiação que chega na superfície terrestre resulta de outro fenômeno, e não do ciclo solar. O que pode ser explicado, de acordo com Water Guido Lazzarini (2011), pelo aumento de partículas contaminantes na atmosfera, que formam nuvens mais brancas, que funcionam como grandes espelhos, refletindo a luz de volta ao espaço.


Referências
 
GRIMM, Alice Marlene. Balanço global de calor.  Meteorologia básica - Notas de aula. Disponível em:
< http://fisica.ufpr.br/grimm/aposmeteo/>  Acesso em: 17/12/11

LAZZARINI, Walter Guido.  ¿Que es el oscurecimiento global?  Lareserva.  6 de maio de 2011.  Disponível em:
<http://www.lareserva.com/home/oscurecimiento_global> Acesso em: 16 de agosto de 2011

REBOUÇAS, Fernando.  Monções africanas.  Infoescola.  16/03/2010.  Disponível em: <http://www.infoescola.com/clima/moncao-africana/>  Acesso em: 13/10/2011

ROMANZOTI, Natasha.  Como funciona o ciclo solar?  hype science.  16 de junho de 2011.  Disponível em < http://hypescience.com/como-funciona-o-ciclo-solar/>  Acesso em: 11 de novembro de 2011

ZANATTA, Piero.  Oscurecimiento global. Natural.  30 de maio de 2006.  Disponível em: <http://www.revistanatural.com/articulo.asp?id=676>  Acesso em: 15 de agosto de 2011

domingo, 1 de janeiro de 2012

Diminuição das trilhas de condensação após o 11 de setembro


   As trilhas de condensação são formadas pelo vapor de água. O nível em que a aeronave está voando, a tropopausa, se encontra com temperatura de -50° C a - 60°C. As aeronaves com uma temperatura de 300° C provocam o processo de sublimação (SCHIMIDT, 1994).
 O dia posterior aos atentados de 11 de setembro de 2001 mostrava um tempo muito bom, de céu aberto e sem nuvens. O pesquisador David Traves, um climatologista da Universidade de Winsonsin-Whitewater, há tempos questionava se os rastros de trilhas de condensação das aeronaves teriam alguma influência no clima, mas era impossível ter uma precisão exata com o trafego aéreo constante. Como consequência dos atentados todos os aviões dos Estados Unidos permaneceram em solo por 3 dias. O cientista, então, teve sua primeira oportunidade de constatar se de fato as trilhas influenciavam de alguma forma na variação de temperatura. David se surpreendeu com os resultados: em apenas três dias a temperatura média aumentou 1,8° C (Mundo nas sombras, 2006)
Um estudo conduzido pelo meteorologista da Universidade Texas A&M de College Station defende que as variações de temperatura em setembro de 2001 podem ser explicadas pelo tempo claro e seco nos dias cruciais, e que os resultados de uma modelagem climática não sustentam o argumento dos efeitos dos rastros defendido pelo grupo de Travis.
Travis, no entanto, enfatiza que nunca assumiu a premissa de que a ausência da trilha dos aviões tenha sido a única causa das largas variações de temperatura, e sim que foi a combinação da falta de aviões com as condições climáticas naturais (BARNETT, 2009).


BARNETT, Anna.  Traduzido por Amy Traduções.  Estudo questiona se rastros de aviões podem afetar o clima.  Terra.  19 de janeiro de 2009.  Disponível em: <http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI3457816-EI238,00.html>  Acesso em: 10 de novembro de 2011

MUNDO NAS SOMBRAS (Global Dimming). BBC production manager:Yolanda Aires. Editor Mike Curd. 2006 (45 min) Documentário.

SCHIMIDT, Roberto. Você e a Meteorologia: acertos, erros e dicas. 1.ed Porto Alegre: Sagra Luzatto, 1994

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Experimento nas Ilhas Maldivas


Ilhas maldivas são milhares de pequenas ilhas do oceano Índico onde o climatologista Vereradran Ramanathan, começou a pesquisar o que estaria provocando o escurecimento global. Ramanatham notou um declínio na luz solar em algumas áreas no Oceano pacífico por volta dos anos 90. O cientista não sabia, naquele tempo, que se tratava de algo anormal em nível mundial, sua tarefa era descobrir o que estava acontecendo, mas de uma coisa estava certo: a diminuição dos raios solares que chegavam à superfície estava relacionada com as mudanças atmosféricas. Só havia uma condição evidente, a queima de combustíveis fósseis gera poluição que causa os gases invisíveis e visíveis.
Hamanathan pensou então que poderia ser essa poluição que estaria causando o escurecimento global. As ilhas maldivas eram um bom lugar para o pesquisador, pois pareciam estar livres da poluição, mas uma parte do ano uma parte a norte fica poluída devido a uma corrente de ar vinda da Índia, porém algumas ilhas do sul estavam limpas, por receberem correntes de ar da Antártica.
Comparando as do sul com as do norte, verificou que as do norte estavam refletindo 10% a mais do que as do sul que recebiam as correntes de ar limpo.
O projeto Indonex, monitorou por quatro anos as ilhas com todas as técnicas possíveis para catalogar e monitorar a atmosfera sobre as ilhas Maldivas, o resultado foi que a camada de poluentes tinha 3km de espessura, refletindo assim cerca de  10% dos raios solares dos oceanos.
Baseado no documentário exibido pela BBC "Mundo nas sombras"

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Cinzas vulcânicas

http://www.radiowebcp.com.br/index.php?pagina=posts&id=2961&tipo=Not%EDcias

          No mês passado as cinzas do vulcão chileno Puyehue chegaram ao Brasil causando certos transtornos. Além do cancelamento de vôos, as cinzas também foram percebidas em algumas cidades de Santa Catarina, onde carros amanheceram cobertos por uma poeira branca.


         Esta semana as cinzas de Puyehue voltaram a trazer problemas ao sul da Argentina. Cerca de 2 mil pessoas já abandonaram cidade de Villa La Angostura devido às cinzas.

 
         As cinzas vulcânicas também podem estar relacionadas ao escurecimento global.
         Os gases vulcânicos são constituídos por elementos químicos, em sua maioria de hidrogênio, carbono, oxigênio, enxofre, nitrogênio, cloro, flúor e bromo.
         Durante grandes erupções os gases podem ascender dezenas de quilômetros na atmosfera. Os ventos, então deslocam as cinzas por centenas ou até milhares de quilômetros de distância do vulcão.

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYfOh_lypTbyz20esr5xE5KSGBtYjibVgOzWGMPZcV3L2EWA8nnbhSmtslE1oQX6vmJwy4MKcBCSjRIv8HH8gqn7pQzeEij0U1JsfnKKO5fSO1w69uufZoF8vz2O3OdPxmd3pBp5P0O2qm/s1600/B.jpg

      Essas cinzas podem bloquear a luz do Sol. O enxofre contido nas cinzas combinado com o vapor d'água formam nuvens densas contendo minúsculas gotas de ácido sulfúrico, que levam alguns anos para precipitarem e podem de diminuir a temperatura na troposfera devido a sua a sua absorção da radiação
solar.

       http://2.bp.blogspot.com/_TFaflqw9q-0/S9ZUscpYoFI/AAAAAAAAQMM/LD120PKXXdw/s1600/santa+helena+1980.jpg
      
      Em 1980 o vulcão Santa Helena nos Estados Unidos diminuiu a temperatura média global em 0,1°. Em 1982 o vulcão mexicano El Chichon emitiu volume de gases 40 vezes mais ricos em enxofre e diminuiu a temperatura global de três a cinco vezes esse valor. Portanto a quantidade enxofre as cinzas é o melhor critério para medir os efeitos destas na atmosfera. 

Referências:

http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI5422395-EI8139,00-Cinzas+de+vulcao+chileno+cobrem+carros+e+cancelam+voos+em+SC.html
http://oglobo.globo.com/blogs/lafora/posts/2011/11/12/o-drama-das-cinzas-416168.asp
http://vulcanoticias.com.br/portal/vulcanologia/gases-vulcanicos

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Pense globalmente... mas aja localmente

   Passamos esperando dias melhores, mas dias melhores poderam não vir; agimos como se o mundo fosse substituível, mas é apenas um.
Nosso consumismo e ambição estam nos levando a assustadoras mudanças climáticas, enquanto ficamos de braços cruzados esperando pelo pior. Os sintomas estão ai, mas por comodismo preferimos pensar a longo prazo.
     E se nada fazemos, ou fizermos, vamos acabar tendo que compreender explicitamente o sentido dessas palavras, talvez da forma mais negativa e radical. O que fazer??? O eco dessa pergunta vem ressoando cada vez mais alto. Ainda assim, somando tantos e todos os esforços, nossa participação continua pequena. Não há nada de desanimador nisso. É apenas um aviso de que devemos continuar evoluindo, olhando pra frente e caminhando na direção de um desenvolvimento mais coerente com a realidade em que estamos inseridos. Vivemos agora na prática o dilema de aprender a lidar conscientemente com os recursos que temos. Não podemos mais deixar para amanhã...

sábado, 15 de outubro de 2011

Dia dos Professores


      Esta é nossa singela homenagem a todos os nossos professores do curso de Meteorologia. 
      O nosso muito obrigado aos professores: Daniel, Eliane, Jeferson, Marcão, Michel, Rubinei e Uda. Parabéns pelo seu dia!
      E gostaríamos de aproveitar a data para fazer também um agradecimento especial aos professores Michel, pela sua paciência e disposição em nos ajudar com nossa pesquisa; e Daniel, o melhor orientador que poderíamos ter, obrigado por estar sempre pronto para nos ouvir e tirar nossas dúvidas!
      Obrigado pela colaboração de todos, e mais uma vez,
               Feliz dia dos Professores!!!!